terça-feira, 10 de setembro de 2013

Alusão à ilusão

Por ilusão, comecei meu texto pelo título.

Seria demais dizer que vi seu sorriso...
Num desgaste... dum fecho... de bolsa... alheia?
O trinco era circular: pela fricção acabou por desenhar uns traços lunáticos.
Era seu sorriso ali. Não mais.

Desminto tudo que acabei de dizer.

Não te vi. Me iludi. Imaginei ter te visto.

Tanto por alusões o poeta faz poesia,
que acaba nela emergindo companhias.
[Rimadinho, porque assim a vida faz menos sentido]

Se trabalho com ilusões, quase me perco ao/à fazer alusões.
Poetizar a dor é um trabalho ilusório ou uma eterna aluição?
Me desmereço, fingindo fazer menção e caindo em minha própria ficção.

(JONES, p. ?)

2 comentários:

  1. Nossa Lucas! Não sabia que escrevia tão bem e tão belo! Acho que deveríamos ver seus textos nas aulas de literatura...

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  2. Uau Jones! Você me tocou com o seu talento! Muito expressivo, claro e com bastantes significados! Obrigada

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