quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Konbanwa

Na sala redonda, arquitetada por Carrol... Portas e mais portas.
Sem "eat me" ou "drink me".
A sufocante possibilidade, as mil e uma portas fechadas. O lugar enormemente claustrofóbico. A incerteza.
A resolução... Uma coragem. Motivo de orgulho?
Na decisão não há abrir de portas. Há um transparecer: no lugar da madeira... vidro. Não só o próprio reflexo como toda mágica que o espera.
Acreditando piamente que não há trancas em um mundo primordial tenta se aproximar.
Do centro, onde estava desde o início, não consegue sair.
Os pés estão presos ao chão, nem havia percebido.
Tenta cavar, as unhas se ferem, em agonia o sangue raleia. O suor para de escorrer, como um desespero do corpo em poupar água.
As portas se lotam de expectadores. Em dúvida, não sabe se grita ou se Àcena.
Primeiro acena. Sem resposta.
O medo.
A vergonha?!
Tenta o grito, como nos versos de todos poetas, entalado na garganta.
Passa pela cabeça: "Apenas eu os vejo".
Uma Desculpa?Uma Mentira? A esperança?
Com auto-piedade, introspectivista.
Se agacha, cobre o rosto e em posição fetal perece.
Ao perecer, as paredes se esvaem. As portas permanecem, ligando o nada a nada....
Talvez, os pilares já não estivessem lá a muito.
Com rubores, arranhões e desesperança.
Acorda.

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