Indefensáveis verdades de um muro ideológico que cerca meu âmago: Me privo e provo.
Se meus braços não forem seguros, encosta funda de mais para ancoragem, e meu abraço for uma armadilha ao invés de um acalanto.
Se meu colo não for macios e disforme, encosto de fundas memórias encorajadas, e minhas pernas funcionarem apenas como morada de serpente.
Se meu cabelo não for para ser dedilhado, entojo em tua respiravivência, e meus cachos serem apenas redemuinhos de problemas.
Se minha boca me trair, enoja-me a ti, meu lábio apenas exarcebados espinhos.
Se minha mente te tocar, ente a mim, minha mentira mendacitada.
Se falho a mim, privo-me: De teu carinho imparcial, de teu aconchego emergencial, de teu ser aparado em mim, de teu toque cuidadoso, de tua boca bem-dita, de teu indivíduo.
Até que, enfim, esteja perante a ti aquele que se dispôs a ser teu, na confiança cega da vida, indiferente da modalidade concreta desta posse.
Até lá. Enfim, provo-me: agridoce
Até lá. Enfim, provo-me: agridoce
Nenhum comentário:
Postar um comentário