Quando a casa vagueia,
a solidão espreita,
A Mente fraqueja,
Ao banhar-se,
Com o termostato ao máximo,
a quentura fluindo por entre os côncavos peitos,
A Mente cheia e as portas fechadas.
A pergunta é:
Para não sufocar,
Você gela a água, circula o fluxo de caixa ar ou mistura as correnteza de água salgada e doce?
Na minha incerteza, me pergunto...
Numa casa vazia, você toma duchas quentes com portas fechadas?
Jones, em vapores quentes em águas geladas.
sábado, 19 de julho de 2014
domingo, 13 de julho de 2014
A lenda da apendicite
Doses de azedume me vieram à boca. Soube de imediato que era meu apêndice se revoltando...
Reza a lenda que:
"Quando o homem era um, duo e trio. Tudo em uma tacada só... O apêndice era o órgão mais importante de todo o corpo humano. Era o responsável por proteger todo indivíduo de si mesmo, de apaziguar suas próprias almas e harmonizar todas as energias que provinham do interno.
Existia uma competição muito acirrada entre o cérebro e o coração pelo comando do corpo. Ambos uns otários.
'A complacência da lógica matriz geradora de animosidade e passividade no humano é alinhada com o sistema nervoso e sendo assim eu como cabeça pensante e único órgão racional comprovo minha existência unanime como inevitável e majoritária.' Sem vírgulas, o cérebro encontrava razões.
'Sou um lutador, dê-me amor." Com rimas rasas, o coração clamava vivências.
O apêndice não se abalava, não precisava. Integrava o corpo em um. A individualidade em duas - razão e emoção. E a essência em três pronomes - Eu, Tu e Ele.
Haviam falhas, motins e revoltas.
Os capilares -cardio ou não-, as unhas e secreções todas desejam sair daquilo o quanto antes... A unicidade era mortífera.
Os rins, pulmões e pés sempre acreditavam que a dualidade não era suficiente, e além do mais... O impuro, a falta de ar e a realidade do chão era mais que necessários para os ditos majores Coração e Cérebro.
Já os chefes, tinham problemas com os pronomes... 'A essência deveria ser mostrada e comprovada. Sugiro impor, ou imponho sugerindo, como pilar Este, Esse e Aquele', dogmatizava o racional.
'Deveríamos ter e ser, tecer... Meu, Seu e Nosso a se estabelecer.' O emotivo divagava.
Com isso o apêndice conseguiu se virar. Não literalmente, apenas lidando mesmo.
Porém, certo dia - Coincidentemente após uma paixão - o cérebro, drogado por hormônios, resolveu contarvontades, vantagens, verdades:
'Você, meu, caro, amigo, coração, é, um, otário... ... Quem - rege - as - emoções- sou - eu - seu - cretino... ... Se tu queres quebrar-se, faça-o sozinho.'
O coração perdeu as estribeiras, correu forte no mesmo lugar, deu voltas em si mesmo, sobrecarregou o olhar. Até o apêndice tentar lhe acalmar.
Foi aí que o equilíbrio tão apendido foi surrado. O coração bateu, bateu, bateu até não poder, e determinado falou: "Se não posso parar, nunca mais vou parar."
O anexo, aprendido, se resignou a inflamar. Com choro ou não, a dor não esgotará.
O cérebro, tão ciente e ausente, resolveu dispensar toda harmonia, toda unção e toda unidade de seu cargo de dever. E o apêndice não precisou mais lutar, ou não quis mais apanhar - nunca se soube bem. Só sabemos que desde de então 'O apêndice não serve pra nada'.
Se você já teve um apêndice linchado, amargo e saturado... Você entenderá. A dor que lhe causaram, adjunto ao psicossomático, é liberada ao poucos como doses homeopáticas de rancor.
Apendicite nada mais é que o choro de um órgão, exaurido de forças e tomado de amargor."
Já quebraram meu coração. Já confundiram meu cérebro...
Mas a pior das dores... É a causada pelo vingativo e depressivo apêndice.
*Adendo: Jones
Reza a lenda que:
"Quando o homem era um, duo e trio. Tudo em uma tacada só... O apêndice era o órgão mais importante de todo o corpo humano. Era o responsável por proteger todo indivíduo de si mesmo, de apaziguar suas próprias almas e harmonizar todas as energias que provinham do interno.
Existia uma competição muito acirrada entre o cérebro e o coração pelo comando do corpo. Ambos uns otários.
'A complacência da lógica matriz geradora de animosidade e passividade no humano é alinhada com o sistema nervoso e sendo assim eu como cabeça pensante e único órgão racional comprovo minha existência unanime como inevitável e majoritária.' Sem vírgulas, o cérebro encontrava razões.
'Sou um lutador, dê-me amor." Com rimas rasas, o coração clamava vivências.
O apêndice não se abalava, não precisava. Integrava o corpo em um. A individualidade em duas - razão e emoção. E a essência em três pronomes - Eu, Tu e Ele.
Haviam falhas, motins e revoltas.
Os capilares -cardio ou não-, as unhas e secreções todas desejam sair daquilo o quanto antes... A unicidade era mortífera.
Os rins, pulmões e pés sempre acreditavam que a dualidade não era suficiente, e além do mais... O impuro, a falta de ar e a realidade do chão era mais que necessários para os ditos majores Coração e Cérebro.
Já os chefes, tinham problemas com os pronomes... 'A essência deveria ser mostrada e comprovada. Sugiro impor, ou imponho sugerindo, como pilar Este, Esse e Aquele', dogmatizava o racional.
'Deveríamos ter e ser, tecer... Meu, Seu e Nosso a se estabelecer.' O emotivo divagava.
Com isso o apêndice conseguiu se virar. Não literalmente, apenas lidando mesmo.
Porém, certo dia - Coincidentemente após uma paixão - o cérebro, drogado por hormônios, resolveu contar
'Você, meu, caro, amigo, coração, é, um, otário... ... Quem - rege - as - emoções- sou - eu - seu - cretino... ... Se tu queres quebrar-se, faça-o sozinho.'
O coração perdeu as estribeiras, correu forte no mesmo lugar, deu voltas em si mesmo, sobrecarregou o olhar. Até o apêndice tentar lhe acalmar.
Foi aí que o equilíbrio tão apendido foi surrado. O coração bateu, bateu, bateu até não poder, e determinado falou: "Se não posso parar, nunca mais vou parar."
O anexo, aprendido, se resignou a inflamar. Com choro ou não, a dor não esgotará.
O cérebro, tão ciente e ausente, resolveu dispensar toda harmonia, toda unção e toda unidade de seu cargo de dever. E o apêndice não precisou mais lutar, ou não quis mais apanhar - nunca se soube bem. Só sabemos que desde de então 'O apêndice não serve pra nada'.
Se você já teve um apêndice linchado, amargo e saturado... Você entenderá. A dor que lhe causaram, adjunto ao psicossomático, é liberada ao poucos como doses homeopáticas de rancor.
Apendicite nada mais é que o choro de um órgão, exaurido de forças e tomado de amargor."
Já quebraram meu coração. Já confundiram meu cérebro...
Mas a pior das dores... É a causada pelo vingativo e depressivo apêndice.
*Adendo: Jones
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